As franquias de
Porto Alegre da grife de chocolate finos Kopenhagen foram recentemente
adquiridas pela empresária gaúcha Adriana Muratore Fração. A mudança no comando
já trouxe reflexos para as lojas. No dia 10 de dezembro, por exemplo, a unidade
do bairro Bela Vista inaugura um novo deck, com 30 metros quadrados.
Outra novidade é
a parceria com os picolés Diletto, que resulta em uma linha de sorvetes
exclusiva. Produtos clássicos da marca Kopenhagen, os chocolates Língua de
Gato, Lajotinha, Nhá Benta e Cacau 70% agora passam a ter versão picolé.
Entre a ideia de
transformar os clássicos Kopenhagen em sorvete e a sua chegada ao mercado,
foram gastos aproximadamente um ano, em meio a pesquisa e desenvolvimento, pois
havia uma preocupação muito grande em respeitar o sabor único do chocolate.
Para completar,
todas as cinco lojas de Porto Alegre – além da unidade Bela Vista, que fica na
Rua Casemiro de Abreu, 1210, a Kopenhagen está presente nos shoppings Iguatemi,
Moinhos, Praia de Belas e BarraSul – terão seus maquinários de café
substituídos por novos, feitos na Itália.
O público da
Kopenhagen é formado em sua maioria por mulheres, que representam 61% das
frequentadoras, e 82% dos clientes pertencem às classes A e B. A grife mantém
um programa de relacionamento, o KopClub, que em média recebe 20 mil novos
cadastros por mês e pretende alcançar um milhão de associados até 2015. O
tíquete médio de um cliente fora do programa é de R$ 55,00, enquanto os participantes
chegam a consumir 15% a mais.
Expandir de forma
estratégica é o desafio de uma marca exclusiva e consolidada como a Kopenhagen,
que terminará 2013 como 40 novas lojas abertas, totalizando 340 operações.
Hoje, o investimento inicial para implantação de uma franquia Kopenhagen é de
R$ 350 mil, considerando instalações civis (lojas em bom estado de
conservação), ar-condicionado e mobília, excluindo o valor necessário para
pagamento de luvas do ponto e da taxa de franquia, que é de R$ 45 mil para bonbonnière
e cafeteria.
A área mínima
necessária é de 40 metros quadrados para unidades de rua e 35 metros quadrados
em shopping centers e uma área adicional para estoque. A taxa de publicidade corresponde
a 3% do faturamento anual que gira em torno de R$ 1,5 milhão. O lucro líquido
fica entre 12 e 15% do bruto. O retorno estimado do investimento é de 36 a 48
meses, com prazo de contrato de cinco anos.
Com 85 anos de história,
a Kopenhagen permanece referência quando se fala em chocolates finos no Brasil.
Essa doce história começou em 1928, quando o casal de imigrantes Anna e David
Kopenhagen, recém-chegados da Letônia, iniciou na cozinha de sua casa a
produção do marzipan, um doce europeu clássico, feito da mistura da amêndoa e
açúcar, que era vendido nas ruas do centro da cidade de São Paulo.
O marzipan não só
atraia os imigrantes que por lá circulavam, mas também caiu no gosto dos
paulistanos, o que possibilitou ao casal abrir a primeira loja em 1929. A
primeira fábrica foi inaugurada em 1943, no bairro do Itaim Bibi. Com maior
potencial de produção foi possível ampliar as opções de doces. Até hoje seus
clássicos Nhá Benta, Língua de Gato, Chumbinho, Lajotinha, Bala Leite, Cherry
Brandy marcam com sabores, sensações e emoções a história de muitas pessoas das
mais diferentes gerações.